domingo, 24 de maio de 2009

Perfumes cruéis

- Por Fátima Borges Pereira

Para quem gosta de perfumes exóticos, mas tem sensibilidade, aqui vai um pedido de boicote aos perfumes e produtos adquiridos de forma cruel das glândulas dos animais. É revoltante saber que o homem dotado de inteligência e, segundo muitos, de sensibilidade, não tenha a mínima compaixão quando se trata de obter lucro material.

Mais uma vez, deparo-me com o total desrespeito a natureza para satisfazer a vaidade humana. Ter vaidade é muito natural, mas precisamos ter cuidado para que ela não seja usada de forma vergonhosa e imoral, pois tenho certeza de que muita gente não faz idéia da origem do que lhe é oferecido, pois se assim o fosse, certamente estaríamos mais tranqüilos em relação ao futuro do planeta!
Na China, sabe-se dos horrores cometidos contra os ursos para a obtenção de sua bílis para a produção de um medicamento "fictício" como também do maltrato aos almiscareiros, mas infelizmente, em todos os países deste planeta, a crueldade, principalmente no que tange a exploração de matéria prima animal não é diferente.
- O Gato Bravo da Etiópia fornece um produto perfumado quando chicoteado ao redor de seus órgãos genitais, por isso, são caçados e mantidos em fétidas gaiolas por anos.
- O Almiscareiro, mamífero da família dos cervídeos, originários da Ásia e da África, são também caçados e mantidos numa minúscula gaiola por mais de 15 anos e, somente manuseados, de forma cruel, para a obtenção do odor agradável que exala de seus órgãos genitais, o Almíscar, que é matéria prima inclusive para outros produtos.
- Os castores da Rússia e do Canadá, também foram presenteados pela natureza com um odor muito agradável, o que lhes rende também muito sofrimento. Existem quatro essências que provém de mamíferos e que devem ser observadas na composição dos perfumes, evitando-se assim, estar conivente com a degradação humana em nome da ganância e vaidade que são: O almíscar, o castóreo, o âmbar cinzento e o gato-de-algália ou gato bravo.

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