quinta-feira, 30 de abril de 2009

Meu Brasil brasileiro

Recebi esse texto por email - autor desconhecido




Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar:

O que houve, meu Brasil brasileiro? - Perguntei-lhe!

E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas:

- Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo...

Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores. Meu povo era heróico e os seus brados retumbantes. O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante. Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes?

Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado. Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil.

Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula.

Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim.

Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado. Pensei... Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes? Pensei mais... Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?
Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido.

sábado, 11 de abril de 2009

Vegetarianismo: por que eu devo engolir essa?

Vegetarianismo: por que eu devo engolir essa?

por Rafael Bán Jacobsen

Começo com as palavras do filósofo gaúcho Carlos Naconecy:Há diversos modos pelos quais você pode se relacionar com os animais. Essa relação pode ser intermediada por um sofá, sobre o qual você e seu gato de estimação passam juntos os domingos à tarde. O que liga fisicamente você a um cão de companhia pode ser a coleira usada para puxar o animal pela calçada aos finais de semana. Ou mesmo as grades de uma jaula através das quais tentamos jogar comida a um urso no zoológico. Há várias outras possibilidades, mas em torno de 99% dos casos, a relação dos seres humanos com os animais no nosso planeta se dá por outra via: por meio de um garfo e de uma faca. É a mais pura verdade. A esmagadora maioria dos animais que passam por nossas vidas surgem já mortos, nos supermercados ou diretamente em nossos pratos, e com eles temos uma relação muito breve, que se encerra quando cortamos seus corpos com garfos e facas, levamos a nossas bocas, trituramos com os dentes e, por fim, engolimos. As pessoas adoram comer carne. As pessoas comem muita carne, e cada vez mais. Um dos primeiros indícios de aumento na renda de uma população é o aumento do consumo de carne. Basta ganhar uns trocados a mais que a pessoa corre para o açougue mais próximo. Por que isso? Porque comer carne, no senso comum, é sinônimo de comer bem, é sinônimo de elegância, é um luxo. Mas será mesmo?Comer bem é ingerir alimentos que sejam capazes de nutrir nossos corpos e manter ou melhorar nossa saúde. Pesquisas têm demonstrado que dietas vegetarianas podem proporcionar melhores condições para uma vida mais longa e saudável. Estatisticamente, é entre os consumidores de carne, ovos e laticínios que há maior incidência de males cardiovasculares, artrite, diabetes e osteoporose. A carne vermelha, em especial, é a segunda maior causa de câncer, perdendo apenas para o fumo. Em 1997, a ADA (Associação Dietética Americana) revisou os trabalhos científicos sobre o vegetarianismo e se posicionou: “O posicionamento da ADA é de que, quando planejada adequadamente, a dieta vegetariana é saudável, nutricionalmente adequada e resulta em benefícios à saúde e na prevenção e tratamento de certas doenças.” Essa adequação é descrita para todos os estágios da vida (infância, idade adulta, senilidade, gestação e amamentação). Será que estamos de fato comendo bem quando, em volta da churrasqueira, nos fartamos com costelas, picanhas, lombinhos e galetos?Seja como for, a última palavra que poderia ser usada para definir o consumo de carne é “elegante”. A produção e o comércio de carne são inesgotáveis fontes de grosseria e brutalidade. A comparação dos horríveis espetáculos, sons e odores de um matadouro com a beleza e o perfume de uma horta ou pomar não deixa dúvidas quanto a isso. Todos animais que consumimos (bois, frangos, porcos) são tão sensíveis à dor e passíveis de sofrimento quanto nós ou quanto nossos animais de estimação. No entanto, na indústria do matadouro, são criados em privação de liberdade e mortos de forma cruel. Matar um animal para depois sangrá-lo, arrancar-lhe a pele e as vísceras e então engoli-lo pode ser muitas coisas, mas, por certo, não é nada elegante.Além disso, o ato de comer carne está diretamente ligado com a poluição e a devastação do meio ambiente. Segundo um relatório recente da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), os animais criados para alimentação emitem mais gases perigosos ao meio ambiente do que o transporte, além de degradar o solo e a água. A expansão das pastagens é também um dos principais responsáveis pelo desmatamento de florestas, pois ocupa 70% das áreas desmatadas da Amazônia e, em boa parte do restante, é cultivada soja para produção de ração animal. Outros danos causados pela pecuária citados pela FAO são a erosão e compactação do solo e a perda de biodiversidade nativa. É ainda um dos principais poluentes das águas, criando zonas mortas em áreas costeiras, degradação dos recifes de coral, problemas de saúde humana, etc. Trocando em miúdos: a criação de animais para consumo humano não tem nada de luxo – gera muito lixo, isso sim!Em um mundo que necessita, mais do que nunca, de saúde, de cuidados com a natureza e de paz, é importante que todos nós façamos nossa parte, mudando certos hábitos. Aprender a se relacionar com os animais de outras formas, e não através do garfo e da faca, é um ótimo começo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Feliz Páscoa

Um homem veio ao mundo disposto a ser o maior exemplo de amor e verdade que a humanidade conheceria. Sua proposta de vida não foi entendida por muitos. Condenaram este homem e crucificaram-no, ignorando todos os seus propósitos de um mundo melhor.
Páscoa, ressurreição do sorriso, da alegria de viver, do amor, da amizade e da vontade de ser feliz. Ressurreição dos sonhos, das lembranças, e de uma verdade que está acima dos ovos de chocolate...
Cristo veio nos ensinar a matar os nossos defeitos e ressuscitar nossas maiores virtudes sepultadas no íntimo de nossos corações.
Que essa seja a verdade da NOSSA PÁSCOA...


FELIZ PÁSCOA A TODOS!!!!!

terça-feira, 7 de abril de 2009

O que é Carne?
A faca desce macia, cortando sem esforço o pedaço de picanha. Dourada e crocante nas bordas, tenra e úmida no centro. Você põe a carne na boca e mastiga devagar, sentindo o tempero, a maciez, a temperatura. O sumo que escorre dela enche a boca e, com ele, o sabor incomparável. Carne é bom.Mas que tal assistir a mesma cena sob outra perspectiva? No prato jaz um pedaço de músculo, amputado da região pélvica de um animal bem maior que você. Com a faca, você serra os feixes musculares. A seguir, coloca o tecido morto na boca e começa a dilacerá-lo com os dentes. As fibras musculares, células compridas de até 4 centímetros e resistentes, são picadas em pedaços. Na sua boca, a água (que ocupa até 75% da célula) se espalha, carregando organelas celulares e todas as vitaminas, os minerais e a abundante gordura que tornavam o músculo capaz de realizar suas funções, inclusive a de se contrair. Sim, meu caro, por mais que você odeie pensar que a comida no seu prato tenha sido um animal um dia, você está comendo um cadáver.
Carne e tecido animal, em geral muscular. As fibras que a compõe são feixes de células musculares, enroladas umas nas outras. Em volta delas há uma cobertura de gordura, cuja função é lubrificar o músculo e permitir que ele relaxe e se contraia suavemente. Ou seja, não há carne sem gordura.
A diferença entre carne branca e vermelha é a quantidade de ferro no tecido o mesmo mineral que da cor ao sangue. As células de animais grandes, como o boi, são ricas de uma molécula chamada mioglobina, que contém ferro. Peixes e galinhas, por terem o corpo menor, não precisam de reservas tão grandes de nutrientes nas células e, por isso, tem menos mioglobina. Animais mais velhos têm carne mais vermelha isso explica a brancura do frango industrializado, abatido antes dos dois meses, se comparado a galinha caipira. Essa última tem mais tempo para acumular mioglobina nas células.
Números, Números e Números
Há no mundo 1,35 bilhão de bois e vacas. Criamos 930 milhões de porcos, 1,7 bilhão de ovelhas e cabras, 1,4 bilhões de patos, gansos e perus, 170 milhões de búfalos. Some todos eles e temos uma população de animais quase equivalente a humana dedicando sua vida a nos alimentar involuntariamente, é claro. E isso porque ainda não incluímos na conta a população de frangos e galinhas abastecendo a Terra de ovos e carne branca: 14,85 bilhões. Só no Brasil há 172 milhões de cabeças de gado bovino uma para cada cabeça humana. Nosso rebanho bovino só é menor que o da Índia, onde é proibido matar vacas. Na média, um brasileiro come perto de 40 quilos de carne bovina por ano, ou seja, uma família de cinco pessoas devora uma vaca em 12 meses. Somos o quarto pais do mundo onde mais se come carne bovina. Um brasileiro médio come também 32 quilos de frango e 11 quilos de porco todo ano.
Como Vivem e Morrem
BOINo Brasil, os bois são criados soltos. Provavelmente, essa forma de criação é menos terrível que a de paises frios do Cone Sul e da Europa, onde os invernos matam o pasto e fazem com que os animais fiquem fechados em áreas apertadas, comendo só ração. Isso não quer dizer que seja o melhor dos mundos. Os animais muitas vezes passam fome, vivem cheios de parasitas e apanham copiosamente. O manejo no Brasil e muito bruto, diz o etologo Matéus Paranhos da Costa, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Jaboticabal, especialista no assunto.
Não existe aqui no Brasil a produção de vitela carne muito branca e macia de bezerros mantidos em jaulas superapertadas para evitar que se movimentem. Para acentuar a brancura da carne, os criadores não permitem que o bezerro coma grama ou grãos, só leite, a dieta tem que ser pobre em ferro e em outros nutrientes, forçando uma anemia no animal. Com isso, torna-se necessário o consumo de antibióticos, para diminuir o risco de infecções do animal desnutrido. A vitela deveria ser proibida no mundo inteiro, afirma o agrônomo Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, especialista em técnicas de manejo da Universidade Federal de Santa Catarina.
Para matar um boi, primeiro se dá um disparo na testa com uma pistola de ar comprimido. O tiro deixa o animal desacordado por alguns minutos. Ele então é erguido por uma argola na pata traseira e outro funcionário corta sua garganta. O animal tem que ser sangrado vivo, para que o sangue seja bombeado para fora do corpo, evitando a proliferação de microorganismos, diz Ari Ajzenstein, fiscal do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que zela para que as regras de higiene e de bons tratos no abate sejam cumpridas.O abate a marretadas está proibido no país, o que não quer dizer que não aconteça já que quase 50% dos abates são clandestinos e, portanto, sem fiscalização. O problema da marretada é que não e fácil acertar o boi com o primeiro golpe. Muitas vezes, são necessários dezenas para desacordá-lo.

GALINHASEssas quase sempre levam uma vida miserável. Vivem espremidas numa gaiola do tamanho delas. As luzes ficam acesas até 18 horas por dia assim elas não dormem e comem mais (isso acontece principalmente com as que produzem ovos). Seus bicos são cortados para que não matem umas as outras e para evitar que elas escolham que partes da ração querem comer caso contrário, ciscariam apenas os grãos de seu agrado e deixariam de lado alimentos que servem para que engordem rápido.
A morte e rápida. As galinhas ficam presas numa esteira rolante que passa sob um eletrodo. O choque desacorda a ave e, em seguida, uma lâmina corta seu pescoço. O esquema é industrial. Hoje, nos Estados Unidos, são abatidas, em um dia, tantas aves quanto à indústria levava um ano para matar em 1930. Nas granjas de ovos, pintinhos machos são sacrificados numa espécie de liquidificador gigante. Parece horrível, mas é a mais indolor das mortes descritas aqui.
PORCOS
Outros azarados. Não tem espaço nem para deitar confortavelmente. São confinados do nascimento ao abate, diz Pinheiro Filho. As gestantes são forçadas a parir atadas a uma fivela, apertadas na baia. O abate é parecido com o de bovinos, com a diferença que o atordoamento é feito com um choque elétrico na cabeça e que o animal é jogado num tanque de água fervendo após o sangramento, para facilitar a retirada da pele. Gail Eisnitz afirma, em seu livro, que muitos porcos caem na água fervendo ainda vivos, mas isso provavelmente é incomum.
PATOS E GANSOS
Os mais infelizes dos nossos alimentos provavelmente são os gansos e patos da França. O foie gras, um patê tradicional e sofisticado, é feito com o fígado inflamado das aves. Os produtores colocam um funil na boca delas e as entopem de comida por meses, fazendo com que o fígado trabalhe dobrado. Isso provoca uma inflamação e faz com que o órgão fique imenso, cheio de gordura. Ou seja, o patê, na prática, é uma doença. Há movimentos pedindo o banimento do produto. Não se produz foie gras no Brasil.

Fonte: http://mahaprem.sites.uol.com.br/Vegetarianismo.html

Morte do cachorro Negão-Gravatá

Pessoas sem escrupulos deram um triste desfecho a comovente história do cachorro Negão. Um lindo cachorro que teve um lar, mas foi abandonado após a morte de seu dono. Passou a morar na praça da Igreja e se alimentar da caridade de boas almas que se preocupavam com ele. Ganhou destaque e admiração de todos por seu temperamento dócil e por adorar festas e aglomerações. Comparecia a todos, funerais, inaugurações, desfiles de bandas, shows, comícios, procissões. Se tinha muita gente e fogos, Negão estava lá, sempre com seu porte elegante, encantando a todos.
Vai, Negão, atravessa a ponte do arco-íris e segue seu caminho, como toda criatura de Deus. Suas lembranças ficarão pra sempre em nossa memória. Só nos resta sentir saudades.......