quarta-feira, 3 de junho de 2009



Kirtana, o garoto prodigio do veganismo

www.vista-se.com.br


Kirtana é um garoto de 11 anos, nascido em Salvador - BA, ele é essa figurinha carismática na foto à direita. Filho de Luciana e Róbson, ambos veganos (também na foto). Róbson é também vocalista da banda vegana de hardcore, Lumpen. Kit, como é carinhosamente chamado pelos pais e amigos, é vegano desde que nasceu.
Conversamos com Luciana, Róbson e Kirtana para descobrir como é educar e ser vegano aos 11 anos. Na entrevista Kit demonstra que “não arreda o pé”, é vegano por convicção diz ele, “eu sou vegano porque eu não acho correto maltratar e nem comer os animais”.
Segundo os pais Luciana e Róbson, a grande dificuldade na hora de educar um filho vegano foi a falta de apoio dos médicos e da família. “Enfrentei minha família pois todos falavam que nos éramos malucos, que Kit seria uma menino doente. Outra dificuldade foram as primeiras consultas médicas quando ele ainda era bebê. Uma médica chegou a diminuir o peso dele, creio que pra ver se eu me assustava” relata Luciana. Kit tomou leite materno mas leite de animais não-humanos, nem uma gota. Segundo Luciana “como todo animal mamífero ele tomou leite só da própria mãe”. Durante a gestação Luciana era lactovegetariana, mas se tornou vegana ainda na lactação.
A alimentação de Kirtana é rica, composta por produtos naturais, fáceis de encontrar e a preços baixos. Além disso Kit recebe complementação de B12, como é indicado a veganos de todas as idades. Luciana explica: “defendemos o veganismo como opção para as pessoas pobres por isso nosso veganismo é o do aipim, batata, abóbora, agrião etc. As coisas que encontramos com preço acessível para toda a população.”
Uma situação difícil foi quando a professora de Ciências pediu que Kit, então com 8 anos, levasse um peixe vivo para ser usado em aula prática. Segundo Luciana “ele mesmo decidiu que iria faltar a aula e disse o porquê à professora: ele não concordava com experiências usando animais”. Luciana tentou averiguar se Kit se sentira pressionado pelo fato dos pais serem veganos, mas o menino foi ríspido, segundo sua mãe “ele disse que não estava perguntando minha opinião mas sim comunicando que não iria para a aula”. Vale lembrar que a vivissecção, ou seja, o uso de animais em aulas práticas para a Educação Básica, e Ensinos Fundamental e Médio é proibida no Brasil.
Kit é um ótimo aluno, nunca repetiu, adora matemática, participou da Olimpíada Nacional de Matemática e pratica Kung-Fu numa academia perto de casa. Muito brincalhão, esperto, questionador e comunicativo. Kit, ao ser questionado se em algum momento pensou em deixar o veganismo, dispara “não, porque gosto assim do jeito que sou e acredito que eu tou fazendo a coisa certa” (sic).
Kirtana fecha a conversa deixando uma mensagem para as crianças que pensam em se tornar veganas: “quero que todos saibam que ser vegano é bom para a saúde, além disso não maltratar os animas acho que é uma coisa correta, e deve ser feita por todos que acreditam na libertação animal.” Kit é uma lição de ética e simpatia, até mesmo para os mais adultos e prova viva da afirmação da ADA (American Dietetic Association) que dietas veganas bem planejadas “são adequadas a todos os estágios do ciclo vital, inclusive durante a gravidez e a lactação”.
Que venha um futuro de Kirtanas! Pelos direitos animais, pelo veganismo e pelo planeta!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Hoje resgatei um ser humano

Hoje resgatei um ser humano

Os seus olhos encontraram os meus, enquanto ela caminhava pelo corredor olhando apreensivamente para dentro dos canis. Imediatamente senti sua necessidade e sabia que tinha de ajudá-la. Abanei minha cauda, não tão entusiasticamente para não assustá-la.
Quando ela parou em frente ao meu canil, tampei sua visão para que não visse o que eu tinha feito no canto de trás. Não queria que ela soubesse que ninguém ainda havia me levado para um passeio lá fora. Às vezes, os funcionários do abrigo estão muito ocupados e não gostaria que ela pensasse mal deles.Enquanto ela lia as informações a meu respeito, no cartão pendurado na porta do canil, eu desejava que ela não sentisse pena de mim, por causa do meu passado.
Só tenho o futuro pela frente e quero fazer diferença na vida de alguém. Ela se ajoelhou e mandou beijinhos para mim. Encostei meus ombros e minha cabeça na grade, para confortá-la. As pontas de seus dedos acariciaram meu pescoço; ela estava ansiosa por companhia. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto e, então, elevei uma de minhas patas para assegurá-la de que tudo estaria bem.
Logo, a porta de meu canil se abriu e o seu sorriso era tão brilhante que, imediatamente, pulei em seus braços. Prometi mantê-la em segurança. Prometi estar sempre ao seu lado. Prometi fazer todo o possível, para ver aquele sorriso radiante e o brilho em seus olhos…Tive muita sorte dela ter vindo até meu corredor. Há ainda tantas pessoas por aí, que nunca caminharam por esses corredores… Tantas para serem salvas… Pelo menos, pude salvar uma.
Hoje, resgatei um ser humano!”

domingo, 24 de maio de 2009

Comissão adia mais uma vez votação de projeto que proibe animais em circos



Comissão adia mais uma vez a votação do Projeto de Lei (PL) 7291/06, que proíbe o uso de animais em circos
Pressão das ONGs de proteção animal fez deputados a favor da apresentação de animais em circos pedirem adiamento.
Mais uma tentativa de votação do Projeto de Lei 7291/06, na forma de seu substitutivo, pela Comissão de Educação e Cultura (CEC), foi adiada numa decisão de última hora. Os deputados Bel Mesquita (PMDB-PA), Carlos Abicalil (PT-MT), Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) e João Matos (PMDB-SC), que defendem a apresentação dos animais em circos, fizeram uma solicitação coletiva de “Vistas ao Projeto”.
A votação foi adiada por um prazo de duas sessões conforme determina o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, devendo voltar à pauta assim que decorrido o prazo. A sala da Comissão de Educação e Cultura estava lotada de manifestantes e ativistas, sendo estimado um número superior de participantes que apoiavam a aprovação do projeto.

Homenagem a todos os protetores de animais

Dizem os espíritas que todos animais de estimação, assim como nossos parentes queridos,nos aguardam no outro lado quando morremos...se assim for....segue uma história...
O pequeno filhote e o cão mais velho estavam deitados à sombra, sobre a grama verde, observando os reencontros. Às vezes um homem, às vezes uma mulher, às vezes uma família inteira se aproximava da Ponte do Arco-Íris, era recebida por seus animais de estimação com muita festa e eles cruzavam juntos a ponte.
De repente houve um grande tumulto na ponte e O filhotinho cutucou o cão mais velho: "Olha lá! Tem alguma coisa maravilhosa acontecendo!" O cão mais velho se levantou eLatiu: "Rápido! Vamos até a entrada da ponte!""Mas aquele não é o meu dono", choramingou o filhotinho; mas ele obedeceu.
Milhares de animais de estimação correram em direção àquela pessoa vestida de branco que caminhava em direção à ponte. Conforme aquela pessoa iluminada passava por cada animal, o animal fazia uma reverência com a cabeça em sinal de amor e respeito. A pessoa finalmente aproximou-se da ponte, onde foi recebida por uma multidão de animais que lhe faziam muita festa. Juntos, eles atravessaram a ponte e desapareceram.
O filhotinho ainda estava atônito: "Aquilo era um anjo?", perguntou baixinho. "Não, filho", respondeu o cão mais velho. "Aquilo era mais do que um anjo. Era uma protetora de animais que passou seu tempo na terra salvando vidas e olhando por nós...

Perfumes cruéis

- Por Fátima Borges Pereira

Para quem gosta de perfumes exóticos, mas tem sensibilidade, aqui vai um pedido de boicote aos perfumes e produtos adquiridos de forma cruel das glândulas dos animais. É revoltante saber que o homem dotado de inteligência e, segundo muitos, de sensibilidade, não tenha a mínima compaixão quando se trata de obter lucro material.

Mais uma vez, deparo-me com o total desrespeito a natureza para satisfazer a vaidade humana. Ter vaidade é muito natural, mas precisamos ter cuidado para que ela não seja usada de forma vergonhosa e imoral, pois tenho certeza de que muita gente não faz idéia da origem do que lhe é oferecido, pois se assim o fosse, certamente estaríamos mais tranqüilos em relação ao futuro do planeta!
Na China, sabe-se dos horrores cometidos contra os ursos para a obtenção de sua bílis para a produção de um medicamento "fictício" como também do maltrato aos almiscareiros, mas infelizmente, em todos os países deste planeta, a crueldade, principalmente no que tange a exploração de matéria prima animal não é diferente.
- O Gato Bravo da Etiópia fornece um produto perfumado quando chicoteado ao redor de seus órgãos genitais, por isso, são caçados e mantidos em fétidas gaiolas por anos.
- O Almiscareiro, mamífero da família dos cervídeos, originários da Ásia e da África, são também caçados e mantidos numa minúscula gaiola por mais de 15 anos e, somente manuseados, de forma cruel, para a obtenção do odor agradável que exala de seus órgãos genitais, o Almíscar, que é matéria prima inclusive para outros produtos.
- Os castores da Rússia e do Canadá, também foram presenteados pela natureza com um odor muito agradável, o que lhes rende também muito sofrimento. Existem quatro essências que provém de mamíferos e que devem ser observadas na composição dos perfumes, evitando-se assim, estar conivente com a degradação humana em nome da ganância e vaidade que são: O almíscar, o castóreo, o âmbar cinzento e o gato-de-algália ou gato bravo.

sexta-feira, 22 de maio de 2009


PARTICIPEM!


III Fórum do Movimento Recife Contra CarrocinhaDia 23/05, às 14h, na Sala 01 do Centro de Ciências Biológicas do CCB - UFPE

Retomaremos as grandes discussões, informaremos sobre tudo o que tem sido feito até agora, comemoraremos as conquistas, avaliaremos os atrasos e pensaremos nos planos de ação para continuarmos na luta! E vencermos!Contamos com a participação de todos... ONGs, Sociedades Protetores, Estudantes, Professores, ... TODOS

Este espaço é nosso... a luta é nossa!

dúvidas e informações: 81-88995193-- ADA - Ativistas pelos Direitos dos Animais]


quinta-feira, 21 de maio de 2009

perguntas frequentes- site seja vegetariano

http://www.sejavegetariano.com.br/index.php?page=faq

Perguntas Frequentes
E as plantas, não é errado comê-las? Plantas não sentem dor pelo simples fato de não terem sistema nervoso nem nervos, é questão científica mesmo. Mas mesmo considerando que sim, eles sentem dor, quantos milhões de vegetais você mata ao comer um boi que cresceu comendo vegetais? Um boi leva, em média, 4 anos e meio para ser morto para alimentação, neste período ele consome muitos vegetais, concorda?

"A produção de grãos de uma fazenda com 100 hectares pode alimentar 1.100 pessoas comendo soja, ou 2.500 com milho. Se a produção dessa área for usada para ração bovina ou pasto, a carne produzida alimentaria o equivalente a oito pessoas."

Se animais matam outros animais para se alimentar, porque deveríamos agir de forma diferente?Os animais que matam para se alimentar não poderiam sobreviver se agissem de outra forma. Este não é o nosso caso. Nós, humanos, na verdade nos tornamos mais saudáveis quando adotamos uma dieta vegetariana. Além disso, se nós não costumamos nos comportar como animais, por que deveríamos abrir uma exceção para este caso?

Os seres humanos não têm que comer carne para permanecer saudáveis?O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e a Associação Dietética Americana, dois órgãos que são referência mundial em questões alimentares, endossaram dietas vegetarianas. Pesquisas demonstraram também que vegetarianos possuem sistemas imunológicos mais fortes, e que os consumidores de carne têm duas vezes mais chances de morrer de doenças cardíacas e probabilidades 60% maiores de morrer de câncer. O consumo de carne, leite e seus derivados tem sido ainda relacionado a diversas outras doenças, como diabetes, artrite e osteoporose.

Os vegetarianos ingerem proteína suficiente?Em boa parte dos casos, o problema é ingerir proteína em demasia, não em quantidade insuficiente. Muitos dos que consomem produtos de origem animal ingerem três ou quatro vezes mais proteínas do que necessitam. Há uma enorme variedade de alimentos vegetarianos ricos em proteínas, como massas, pães, feijões, ervilhas, milho e até mesmo cogumelos. Quase todos os alimentos contêm proteína. É quase impossível não obter proteína suficiente em uma dieta que possua a quantidade de calorias adequada, mesmo que não se faça uma escolha mais cuidadosa dos alimentos. Por outro lado, proteína em demasia é uma das principais causas conhecidas de osteoporose e doenças renais.

Comer carne é natural. Tem sido assim por milhares de anos. Nós evoluímos desta maneira.Na verdade, nós não evoluímos para comer carne. Animais carnívoros possuem dentes caninos pontiagudos, garras e um trato digestivo curto. Os seres humanos, em seu atual estágio de evolução, não apresentam garras nem caninos desenvolvidos. Temos molares lisos e um trato digestivo longo, muito mais adequado a uma dieta de vegetais, grãos e frutas. Comer carne é perigoso para nossa saúde; contribui para o aparecimento de doenças cardíacas, câncer e uma infinidade de outras doenças.

Se todos passassem a comer apenas alimentos de origem vegetal, haveria bastante comida para todos?Boa parte da safra mundial de grãos é na verdade destinada a alimentar o gado. Desta forma, se todos se tornassem vegetarianos, haveria muito maior abundância de alimentos. Nos Estados Unidos, por exemplo, 80% do milho produzido são usados na alimentação dos animais criados para consumo. Em todo o mundo, o gado consome uma quantidade de alimento equivalente às necessidades calóricas de 8,7 bilhões de pessoas - mais do que toda a população humana do planeta.

Os fazendeiros tratam seus animais muito bem, ou eles não produziriam tanto leite e ovos.Os animais nas fazendas não ganham peso, produzem leite e colocam ovos porque se sentem confortáveis, contentes, ou são bem tratados, mas, na verdade, porque foram manipulados especialmente para fazer estas coisas, com drogas, hormônios e técnicas de criação e seleção genética. Além disso, os animais criados para produção de alimentos, mesmo vacas leiteiras e galinhas poedeiras, hoje são abatidos em idade extremamente jovem, antes que as doenças e a miséria os dizimem. É mais lucrativo para os fazendeiros absorver as perdas ocasionadas por mortes e doenças do que manter os animais em condições humanitárias.

Vegetarianismo é uma questão de escolha pessoal. Não tente forçar os outros a fazer esta escolha.De um ponto de vista moral, as ações que prejudicam outros não são questões de escolha pessoal. O assassinato, o estupro, o abuso de crianças e a crueldade para com os animais são atitudes imorais. Nossa sociedade incentiva hoje o hábito de comer carne e a crueldade nas unidades de criação de animais, mas a história nos ensina que esta mesma sociedade um dia encorajou a escravidão, o trabalho infantil e muitas outras práticas agora universalmente reconhecidas como imorais.

Eu conheço um vegetariano que não é saudável.Há, claro, vegetarianos que não são saudáveis. Assim como há comedores de carne na mesma situação. Mas o fato é que as pesquisam comprovam que dietas vegetarianas bem variadas e de baixo teor de gordura criam melhores condições para uma vida mais longa e saudável.

Eu não matei o animal.Não, mas financiou sua morte, tornando-se responsável direto por ela. Sempre que você compra carne, assina um atestado de culpa: a morte daquele animal foi para seu usufruto e você pagou por ela.

Se o problema é provocar sofrimento ou dor, então um animal que tenha morrido de morte natural ou um ser humano em coma podem virar bifes?Sim, quando você achar um cachorro na rua atropelado, se sentir vontade, pode comer o corpo, não vejo problema nisso.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Vegetarianos ganham cada vez mais adeptos em todo o mundo

Você consegue se imaginar sem comer carne? Conseguiria riscar da sua lista de opções para o almoço de domingo aquela churrascaria com aquele perfume da carne assando? Pois saiba que esta é uma escolha que ganha cada vez mais adeptos em todo o mundo e com os baianos não poderia ser diferente. Atualmente é difícil encontrar alguém que não conheça ou tenha um amigo vegetariano, aquele indivíduo, estranho para muitos, que exclui o uso de todas as carnes animais da dieta, incluindo peixe e frango, e se alimenta basicamente de grãos, sementes, vegetais, cereais e frutas, com ou sem o uso de laticínios e ovos.
Vegetariana desde outubro do ano passado, a estudante Laís de Melo, 15 anos, está muito feliz com sua escolha. “Um dia, pesquisando na internet, assisti a alguns vídeos sobre quanto os animais sofrem por conta deste consumo e no mesmo dia decidi parar de comer carne”, conta a adolescente, que segue dieta ovo-lacto-vegetariana. Na casa de Laís, apenas ela é vegetariana, mas todo o mundo apoia a decisão da garota.“ Moro com minha mãe e minha irmã, e as duas comem carne, mas não tem problema. Minha mãe me ajuda muitas vezes e aprendi a fazer muita coisa com soja e elas até comem, às vezes”, diz Laís, que já tem até um caderno de receitas com suas comidas preferidas.A garota fala que às vezes é um pouco complicado, mas que não pretende voltar a comer carne: “Em alguns eventos, não encontro comidas que eu possa comer, mas a minha decisão é muito maior do que apenas um momento”, diz.
Desde que adotou a dieta, Laís conta que seu intestino está mais regular e que também percebeu a diminuição de cólicas menstruais e do aparecimento de espinhas. Para quem ainda tem algum preconceito com os vegetarianos, Laís dá a deixa: “Uma vez levei quibe de soja para um evento e todo o mundo comeu achando delicioso.Quando eu disse que era de soja, ninguém acreditou”, diverte-se.
Irmãos Verdes Os gêmeos Mateus e Lucas Souza, 26 anos, adotaram a dieta vegetariana juntos há cerca de dez anos. “Nossa mãe já era vegetariana e como nós sempre gostamos dos animais, ela nos questionou a coerência de gostar dos animais e mesmo assim nos alimentarmos deles”, diz Lucas. Os gêmeos, então, decidiram se tornar vegetarianos. “Tentamos umas duas vezes parar de vez, mas não conseguimos, então decidimos fazer por etapas. Quando tínhamos 15anos, começamos cortando a carne vermelha, depois o frango e o peixe, até pararmos de comer também laticínios e ovos”, contam os jovens, considerados vegetarinos estritos ou puros. Até alguns anos atrás, apenas um irmão mais velho dos gêmeos não era vegetariano, mas eles reverteram a situação. “Nunca insistimos muito, mas ele era o único da casa que comia carne eumdia mostramos um vídeo sobre a exploração dos animais e ele se convenceu”, comemora Lucas, que, inclusive, já converteu outros dois amigos.
Mas será que eles não têm vontade de comer um churrasquinho no fim de semana? “Às vezes dá vontade, sim, mas a causa é maior. Na verdade, nosso ponto fraco mesmo é queijo”, confessa Lucas.
BrotinhoBem mais novo, Ryan Dantas, de apenas 4 anos, bateu pé em casa que queria ser vegetariano desde pequeno. “Ele nunca aceitou muito bemacarne. No máximo, comia peixe”, conta Ludmila Velasco, mãe do garoto. Coube aumtio vegetariano de Ryan explicar que ele poderia viver sem carne e o menino decidiu: “Mamãe, não quero mais comer carne. Quero ser vegetante”, disse o pequeno Ryan, se atrapalhando com as palavras. Os pais decidiram aceitar a escolha do vegetariano precoce, procuraram orientação e criaram uma dieta balanceada recheada de verduras, leguminosas e grãos.
“O engraçado é que nós adoramos carne, mas ele não gosta nem de ver. Estamos acompanhando nosso pequeno vegetariano de perto e ele está muito bem, saudável e cheio de energia”, relata a mamãe Ludmila.
Cuidados na alimentaçãoSer vegetariano, em geral, acompanha uma mudança no estilo de vida, muitas vezes trazendo mais saúde a seus adeptos. Os vegetarianos tendem a beber menos, fumar menos e a ingerir uma maior variedade de alimentos, mas também é preciso tomar alguns cuidados para equilibrar a dieta e não deixar de fora nenhuma vitamina ou nutriente presente nas carnes. “É possível viver muito bemcom uma dieta vegetariana, mas ela precisa ser planejada com muito cuidado e isso, muitas vezes, não acontece”, ensina a nutricionista Amélia Duarte. Ela explica que a carne fornece ao corpo proteínas, ferro, vitaminas B e zinco, por isso, os vegetarianos, principalmente os mais “radicais”, precisam encontrar alternativas aos nutrientes da carne ou peixe.
Para repor as fontes de proteínas é aconselhável a ingestão das leguminosas: soja, feijão, lentilha e grão-de-bico; e de oleaginosas, como nozes, castanhas e amêndoas. “Em alguns casos, como crianças, gestantes, idosos e adolescentes, pode ser necessário o uso de complementos de proteínas e vitaminas”.
(Reportagem publicada na edição impressa de 17/05/2009 do CORREIO - BAHIA 17.05.2009 - 08H47)

Leis ambientais em debate no Congresso

Leis ambientais em debate no Congresso

Reação // Em tramitação, pouco mais de 40 proposições - projetos de lei e decretos - que tentam impedir avanços na proteção do meio ambiente Leonel Rochaleonelrocha.df@diariosassociados.com.br


Brasília - Está em tramitação no Congresso Nacional um conjunto com pouco mais de 40 proposições apresentadas por senadores, deputados e pelo Executivo - por meio de medidas provisórias - que, se aprovado, desmonta a atual política ambiental. São projetos de lei e decretos legislativos na Câmara e no Senado tentando impedir ou limitar a aplicação das legislações que punem crimes ambientais e impõem regras para a produção agropecuária no país. As alterações propostas modificam textos aprovados pelo próprio Legislativo desde a década de 1960. Essa espécie de "pacote antiambiental" é ampla. Revisa desde os limites de parques ecológicos e o funcionamento e tamanho de reservas e unidades de conservação com reconhecida importância científica até a legislação que regulamenta a produção e comercialização de produtos transgênicos.Um dos projetos de lei mais abrangentes é do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Ele propõe alterar o Código Florestal Brasileiro, instituído em 1965. A iniciativa permitiria a recomposição de áreas degradadas na Amazônia com espécies exóticas ao bioma e até ao Brasil, como o pinus e o eucalipto. Na Câmara, um projeto idêntico, pronto para ser votado desde o ano passado, tenta permitir a recomposição de metade da área degradada por árvores de outras regiões. A senadora Marina Silva (PT-AC), que deixou o Ministério do Meio Ambiente há pouco mais de um ano, entregou na semana passada ao presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), uma lista com projetos que, na opinião dela, representam um retrocesso na legislação ambiental.O Senado começa a apreciar esta semana a Medida Provisória 458, aprovada na última quarta-feira pelos deputados. Editada pelo governo na tentativa de regularizar o caos fundiário nos nove estados da Amazônia Legal, a proposta vai ganhar novas emendas dos senadores. Entre elas, a que prevê a redução de 80% para 50% da área de preservação permanente das fazendas exploradas até o começo da década de 1980 - antes da atual legislação, que ampliou os tamanhos das reservas legais e áreas de preservação, limitando a atividade agropecuária a 20% das propriedades.Na quarta-feira, o pacote ganha um reforço. A bancada ruralista vai apresentar a proposta de um novo código para a legislação do setor, em substituição ao atual Código Florestal. Pelo projeto, as assembléias legislativas de cada estado poderão aprovar leis ambientais específicas, como ocorreu em Santa Catarina há quase dois meses. "É um pacote de maldades. No momento em que o mundo discute as mudanças climáticas e o combate às emissões de carbono, a aprovação dessas mudanças poderá constranger o Brasil nos fóruns internacionais", alerta o dirigente da organização não governamental SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani.A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) apresentou dois projetos de decreto legislativo. O primeiro deles busca sustar os efeitos do decreto presidencial que regulamenta a lei de crimes ambientais. A parlamentar, que é presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), considera a iniciativa do governo inconstitucional, porque estaria usurpando poderes e legislando por meio de um instrumento inadequado para isso. Ela também questiona a capacidade administrativa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de chancelar ou não o georreferenciamento de cada fazenda no processo de recadastramento de cada propriedade, exigência para a obtenção de crédito.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Casal é multado em R$ 965 por abandono e morte de vira-lata no Paraná

Casal é multado em R$ 965 por abandono e morte de vira-lata no Paraná
Plantão Publicada em 13/05/2009 às 09h30mPortal RPC

CURITIBA - O Juizado Especial Criminal em Cascavel condenou um casal por ter abandonado um cão vira-latas, que acabou morrendo à míngua. Atílio Dallagnol e Marlene Dallagnol, responsáveis pelo abandono do cão Urso, foram multados em um salário mínimo (R$ 465) a ser depositado em favor do Conselho da Comunidade e obrigados a ressarcir R$ 500 à Associação Cidadã de Proteção aos Animais (Acipa), que bancou os gastos veterinários na tentativa de recuperar o cachorro abandonado pela família.
O promotor Ângelo Mazzucchi Santana Ferreira disse que esse tipo de condenação não acontece com mais frequência porque não há em Cascavel um centro de zoonoses.
O casal foi denunciado pela ONG Acipa por maus tratos, com base na Lei 9.605/98, que tipifica os crimes ambientais, entre os quais os maus-tratos a animais domésticos.
O caso de Urso, que comoveu os voluntários da Acipa, começou no fim de dezembro, quando uma mulher ligou para a entidade denunciando o abandono de um cão pela família vizinha, durante uma mudança. Havia quase dois meses o cachorro permanecia no terreno e definhava por falta de cuidados, por mais que ela lhe desse comida e água sempre que podia.
No dia 29 de dezembro de 2008, a tesoureira da Acipa, Laurenice Veloso, foi ao local para atender ao chamado.
- O bichinho estava que era pele e osso. Nunca vi um cachorrinho com olhos tão tristes - conta.
Laurenice conta ter se informado sobre o novo endereço dos antigos donos e foi até o local.
- Os antigos donos me atenderam. Mostrei o cachorro à mulher e perguntei se ela o conhecia. Ela respondeu que sim, que o cão era dela e aproximou-se. Ela tentou justificar o abandono dizendo que o tinha doado para um pedreiro da construção ao lado, depois que iam todos os dias para alimentá-lo, por fim, acabou falando que o pobre Urso foi deixado para trás porque tinha pulado o muro e saído com uma cachorrinha. Eu disse aos antigos donos do Urso que prestaria atendimento veterinário e registraria boletim de ocorrência, denunciando-os por maus-tratos - diz Laurenice.
Segundo ela, Urso ficou internado numa Clínica Veterinária de 29 de dezembro de 2008 até 20 de janeiro de 2009, "com um quadro severo de pneumonia, desidratação e desnutrição".
Ao receber alta da Clínica, Urso foi adotado por Laurenice. Embora tenha melhorado o aspecto geral, Urso acabou sofrendo complicações de saúde e sequelas de uma cinomose paralisaram o movimento dos membros. Com o quadro agravado e irreversível, Urso foi submetido a eutanásia em 19 de fevereiro, na mesma clínica veterinária onde esteve internado.
- Foi um sofrimento. Acompanhei o Urso até o último momento. As pessoas devem ser mais responsáveis com seus bichinhos de estimação - diz Laurenice.
O casal Atílio e Marlene Dallagnol não foi encontrado ontem no novo endereço para falar sobre o assunto.
http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/05/13/casal-multado-em-965-por-abandono-morte-de-vira-lata-no-parana-755842728.asp

quinta-feira, 7 de maio de 2009

denuncia de maus-tratos no CVA

reportagem do Jornal do Comércio 07/05/09

Pernambuco // Multimídia
Confira vídeo de animais vítimas de maus-tratos


A Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) está investigando denúncias de maus-tratos praticados contra animais recolhidos nas ruas, especialmente cães e equinos, no Centro de Vigilância Ambiental do Recife (CVA), localizado no bairro de Peixinhos. As denúncias, embasadas em fotografias e vídeos mostrando animais com vários ferimentos, morrendo à míngua, sem receber alimentos e com sinais de espancamento, foram encaminhadas à promotoria pelo Movimento de Proteção ao Cão em Risco. O material é anônimo, mas teria sido produzido por funcionários do centro, incomodados com a falta de humanidade no trato com os bichos.Nos vídeos, aparece um cavalo branco, com ferimentos por todo corpo, magro, morrendo. Ao lado dele, um pedaço de madeira, que segundo os autores do material, é utilizado para “apressar” a morte do animal, já que o centro não estaria aplicando as injeções letais por falta do material. Enquanto esse mesmo cavalo procura comida, antes de morrer, outros equinos são flagrados em busca de alimento. Mas o local que deveria conter algum tipo de alimentação está vazio.
Na sequência de fotos, os flagrantes de maus-tratos são ainda mais contundentes. As imagens mostram cães agredidos, com marcas pelo corpo, rostos dilacerados e, em alguns casos, até sangue coagulado em várias partes. Além disso, empilhados uns sobre os outros depois de mortos. Há, inclusive, fotografias de cães de raça, como um Dálmata. “Você vê a dor e o medo nos olhos dos animais. Isso que estão fazendo é uma barbárie. Além de matá-los, o que está errado, fazem de forma cruel. A sociedade precisa ver essas imagens. A castração é a solução para a superpopulação de animais”, criticou a coordenadora do Movimento de Proteção ao Cão em Risco, Simone Sales.
Sérgio Souto, um dos promotores do Meio Ambiente, recebeu a denúncia e disse que, pelo que viu, os vídeos e as fotos configuram diversas irregularidades. O promotor prometeu agir rápido. “Vou notificar a direção do CVA para que se explique e farei uma fiscalização no local em breve. Vamos investigar as denúncias e, se elas se comprovarem, exigir providências”, afirmou.Sérgio Souto lembrou que há uma decisão judicial obrigando o centro a manter os animais alimentados durante a permanência no local, que deve ser de 40 dias. E, principalmente, que a execução deve ser com uma injeção letal, sem provocar qualquer tipo de dor.
Coube ao gerente do Programa de Saúde Ambiental do Recife, Otoniel Barros, fazer a defesa do CVA. Segundo ele, as imagens não comprovam que os maus-tratos foram praticados no centro, ao mesmo tempo em que mostram apenas animais mortos. “O que posso garantir é que utilizamos um pré-anestésico antes da injeção letal para sacrificar todos os animais recolhidos por nós. Não há outras formas. Agora, é importante frisar que também recebemos animais mortos em atropelamentos e com enfermidades, que falecem enquanto estão no centro”, disse.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Meu Brasil brasileiro

Recebi esse texto por email - autor desconhecido




Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar:

O que houve, meu Brasil brasileiro? - Perguntei-lhe!

E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas:

- Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo...

Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores. Meu povo era heróico e os seus brados retumbantes. O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante. Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes?

Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado. Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil.

Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula.

Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim.

Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado. Pensei... Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes? Pensei mais... Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?
Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido.

sábado, 11 de abril de 2009

Vegetarianismo: por que eu devo engolir essa?

Vegetarianismo: por que eu devo engolir essa?

por Rafael Bán Jacobsen

Começo com as palavras do filósofo gaúcho Carlos Naconecy:Há diversos modos pelos quais você pode se relacionar com os animais. Essa relação pode ser intermediada por um sofá, sobre o qual você e seu gato de estimação passam juntos os domingos à tarde. O que liga fisicamente você a um cão de companhia pode ser a coleira usada para puxar o animal pela calçada aos finais de semana. Ou mesmo as grades de uma jaula através das quais tentamos jogar comida a um urso no zoológico. Há várias outras possibilidades, mas em torno de 99% dos casos, a relação dos seres humanos com os animais no nosso planeta se dá por outra via: por meio de um garfo e de uma faca. É a mais pura verdade. A esmagadora maioria dos animais que passam por nossas vidas surgem já mortos, nos supermercados ou diretamente em nossos pratos, e com eles temos uma relação muito breve, que se encerra quando cortamos seus corpos com garfos e facas, levamos a nossas bocas, trituramos com os dentes e, por fim, engolimos. As pessoas adoram comer carne. As pessoas comem muita carne, e cada vez mais. Um dos primeiros indícios de aumento na renda de uma população é o aumento do consumo de carne. Basta ganhar uns trocados a mais que a pessoa corre para o açougue mais próximo. Por que isso? Porque comer carne, no senso comum, é sinônimo de comer bem, é sinônimo de elegância, é um luxo. Mas será mesmo?Comer bem é ingerir alimentos que sejam capazes de nutrir nossos corpos e manter ou melhorar nossa saúde. Pesquisas têm demonstrado que dietas vegetarianas podem proporcionar melhores condições para uma vida mais longa e saudável. Estatisticamente, é entre os consumidores de carne, ovos e laticínios que há maior incidência de males cardiovasculares, artrite, diabetes e osteoporose. A carne vermelha, em especial, é a segunda maior causa de câncer, perdendo apenas para o fumo. Em 1997, a ADA (Associação Dietética Americana) revisou os trabalhos científicos sobre o vegetarianismo e se posicionou: “O posicionamento da ADA é de que, quando planejada adequadamente, a dieta vegetariana é saudável, nutricionalmente adequada e resulta em benefícios à saúde e na prevenção e tratamento de certas doenças.” Essa adequação é descrita para todos os estágios da vida (infância, idade adulta, senilidade, gestação e amamentação). Será que estamos de fato comendo bem quando, em volta da churrasqueira, nos fartamos com costelas, picanhas, lombinhos e galetos?Seja como for, a última palavra que poderia ser usada para definir o consumo de carne é “elegante”. A produção e o comércio de carne são inesgotáveis fontes de grosseria e brutalidade. A comparação dos horríveis espetáculos, sons e odores de um matadouro com a beleza e o perfume de uma horta ou pomar não deixa dúvidas quanto a isso. Todos animais que consumimos (bois, frangos, porcos) são tão sensíveis à dor e passíveis de sofrimento quanto nós ou quanto nossos animais de estimação. No entanto, na indústria do matadouro, são criados em privação de liberdade e mortos de forma cruel. Matar um animal para depois sangrá-lo, arrancar-lhe a pele e as vísceras e então engoli-lo pode ser muitas coisas, mas, por certo, não é nada elegante.Além disso, o ato de comer carne está diretamente ligado com a poluição e a devastação do meio ambiente. Segundo um relatório recente da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), os animais criados para alimentação emitem mais gases perigosos ao meio ambiente do que o transporte, além de degradar o solo e a água. A expansão das pastagens é também um dos principais responsáveis pelo desmatamento de florestas, pois ocupa 70% das áreas desmatadas da Amazônia e, em boa parte do restante, é cultivada soja para produção de ração animal. Outros danos causados pela pecuária citados pela FAO são a erosão e compactação do solo e a perda de biodiversidade nativa. É ainda um dos principais poluentes das águas, criando zonas mortas em áreas costeiras, degradação dos recifes de coral, problemas de saúde humana, etc. Trocando em miúdos: a criação de animais para consumo humano não tem nada de luxo – gera muito lixo, isso sim!Em um mundo que necessita, mais do que nunca, de saúde, de cuidados com a natureza e de paz, é importante que todos nós façamos nossa parte, mudando certos hábitos. Aprender a se relacionar com os animais de outras formas, e não através do garfo e da faca, é um ótimo começo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Feliz Páscoa

Um homem veio ao mundo disposto a ser o maior exemplo de amor e verdade que a humanidade conheceria. Sua proposta de vida não foi entendida por muitos. Condenaram este homem e crucificaram-no, ignorando todos os seus propósitos de um mundo melhor.
Páscoa, ressurreição do sorriso, da alegria de viver, do amor, da amizade e da vontade de ser feliz. Ressurreição dos sonhos, das lembranças, e de uma verdade que está acima dos ovos de chocolate...
Cristo veio nos ensinar a matar os nossos defeitos e ressuscitar nossas maiores virtudes sepultadas no íntimo de nossos corações.
Que essa seja a verdade da NOSSA PÁSCOA...


FELIZ PÁSCOA A TODOS!!!!!

terça-feira, 7 de abril de 2009

O que é Carne?
A faca desce macia, cortando sem esforço o pedaço de picanha. Dourada e crocante nas bordas, tenra e úmida no centro. Você põe a carne na boca e mastiga devagar, sentindo o tempero, a maciez, a temperatura. O sumo que escorre dela enche a boca e, com ele, o sabor incomparável. Carne é bom.Mas que tal assistir a mesma cena sob outra perspectiva? No prato jaz um pedaço de músculo, amputado da região pélvica de um animal bem maior que você. Com a faca, você serra os feixes musculares. A seguir, coloca o tecido morto na boca e começa a dilacerá-lo com os dentes. As fibras musculares, células compridas de até 4 centímetros e resistentes, são picadas em pedaços. Na sua boca, a água (que ocupa até 75% da célula) se espalha, carregando organelas celulares e todas as vitaminas, os minerais e a abundante gordura que tornavam o músculo capaz de realizar suas funções, inclusive a de se contrair. Sim, meu caro, por mais que você odeie pensar que a comida no seu prato tenha sido um animal um dia, você está comendo um cadáver.
Carne e tecido animal, em geral muscular. As fibras que a compõe são feixes de células musculares, enroladas umas nas outras. Em volta delas há uma cobertura de gordura, cuja função é lubrificar o músculo e permitir que ele relaxe e se contraia suavemente. Ou seja, não há carne sem gordura.
A diferença entre carne branca e vermelha é a quantidade de ferro no tecido o mesmo mineral que da cor ao sangue. As células de animais grandes, como o boi, são ricas de uma molécula chamada mioglobina, que contém ferro. Peixes e galinhas, por terem o corpo menor, não precisam de reservas tão grandes de nutrientes nas células e, por isso, tem menos mioglobina. Animais mais velhos têm carne mais vermelha isso explica a brancura do frango industrializado, abatido antes dos dois meses, se comparado a galinha caipira. Essa última tem mais tempo para acumular mioglobina nas células.
Números, Números e Números
Há no mundo 1,35 bilhão de bois e vacas. Criamos 930 milhões de porcos, 1,7 bilhão de ovelhas e cabras, 1,4 bilhões de patos, gansos e perus, 170 milhões de búfalos. Some todos eles e temos uma população de animais quase equivalente a humana dedicando sua vida a nos alimentar involuntariamente, é claro. E isso porque ainda não incluímos na conta a população de frangos e galinhas abastecendo a Terra de ovos e carne branca: 14,85 bilhões. Só no Brasil há 172 milhões de cabeças de gado bovino uma para cada cabeça humana. Nosso rebanho bovino só é menor que o da Índia, onde é proibido matar vacas. Na média, um brasileiro come perto de 40 quilos de carne bovina por ano, ou seja, uma família de cinco pessoas devora uma vaca em 12 meses. Somos o quarto pais do mundo onde mais se come carne bovina. Um brasileiro médio come também 32 quilos de frango e 11 quilos de porco todo ano.
Como Vivem e Morrem
BOINo Brasil, os bois são criados soltos. Provavelmente, essa forma de criação é menos terrível que a de paises frios do Cone Sul e da Europa, onde os invernos matam o pasto e fazem com que os animais fiquem fechados em áreas apertadas, comendo só ração. Isso não quer dizer que seja o melhor dos mundos. Os animais muitas vezes passam fome, vivem cheios de parasitas e apanham copiosamente. O manejo no Brasil e muito bruto, diz o etologo Matéus Paranhos da Costa, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Jaboticabal, especialista no assunto.
Não existe aqui no Brasil a produção de vitela carne muito branca e macia de bezerros mantidos em jaulas superapertadas para evitar que se movimentem. Para acentuar a brancura da carne, os criadores não permitem que o bezerro coma grama ou grãos, só leite, a dieta tem que ser pobre em ferro e em outros nutrientes, forçando uma anemia no animal. Com isso, torna-se necessário o consumo de antibióticos, para diminuir o risco de infecções do animal desnutrido. A vitela deveria ser proibida no mundo inteiro, afirma o agrônomo Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, especialista em técnicas de manejo da Universidade Federal de Santa Catarina.
Para matar um boi, primeiro se dá um disparo na testa com uma pistola de ar comprimido. O tiro deixa o animal desacordado por alguns minutos. Ele então é erguido por uma argola na pata traseira e outro funcionário corta sua garganta. O animal tem que ser sangrado vivo, para que o sangue seja bombeado para fora do corpo, evitando a proliferação de microorganismos, diz Ari Ajzenstein, fiscal do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que zela para que as regras de higiene e de bons tratos no abate sejam cumpridas.O abate a marretadas está proibido no país, o que não quer dizer que não aconteça já que quase 50% dos abates são clandestinos e, portanto, sem fiscalização. O problema da marretada é que não e fácil acertar o boi com o primeiro golpe. Muitas vezes, são necessários dezenas para desacordá-lo.

GALINHASEssas quase sempre levam uma vida miserável. Vivem espremidas numa gaiola do tamanho delas. As luzes ficam acesas até 18 horas por dia assim elas não dormem e comem mais (isso acontece principalmente com as que produzem ovos). Seus bicos são cortados para que não matem umas as outras e para evitar que elas escolham que partes da ração querem comer caso contrário, ciscariam apenas os grãos de seu agrado e deixariam de lado alimentos que servem para que engordem rápido.
A morte e rápida. As galinhas ficam presas numa esteira rolante que passa sob um eletrodo. O choque desacorda a ave e, em seguida, uma lâmina corta seu pescoço. O esquema é industrial. Hoje, nos Estados Unidos, são abatidas, em um dia, tantas aves quanto à indústria levava um ano para matar em 1930. Nas granjas de ovos, pintinhos machos são sacrificados numa espécie de liquidificador gigante. Parece horrível, mas é a mais indolor das mortes descritas aqui.
PORCOS
Outros azarados. Não tem espaço nem para deitar confortavelmente. São confinados do nascimento ao abate, diz Pinheiro Filho. As gestantes são forçadas a parir atadas a uma fivela, apertadas na baia. O abate é parecido com o de bovinos, com a diferença que o atordoamento é feito com um choque elétrico na cabeça e que o animal é jogado num tanque de água fervendo após o sangramento, para facilitar a retirada da pele. Gail Eisnitz afirma, em seu livro, que muitos porcos caem na água fervendo ainda vivos, mas isso provavelmente é incomum.
PATOS E GANSOS
Os mais infelizes dos nossos alimentos provavelmente são os gansos e patos da França. O foie gras, um patê tradicional e sofisticado, é feito com o fígado inflamado das aves. Os produtores colocam um funil na boca delas e as entopem de comida por meses, fazendo com que o fígado trabalhe dobrado. Isso provoca uma inflamação e faz com que o órgão fique imenso, cheio de gordura. Ou seja, o patê, na prática, é uma doença. Há movimentos pedindo o banimento do produto. Não se produz foie gras no Brasil.

Fonte: http://mahaprem.sites.uol.com.br/Vegetarianismo.html

Morte do cachorro Negão-Gravatá

Pessoas sem escrupulos deram um triste desfecho a comovente história do cachorro Negão. Um lindo cachorro que teve um lar, mas foi abandonado após a morte de seu dono. Passou a morar na praça da Igreja e se alimentar da caridade de boas almas que se preocupavam com ele. Ganhou destaque e admiração de todos por seu temperamento dócil e por adorar festas e aglomerações. Comparecia a todos, funerais, inaugurações, desfiles de bandas, shows, comícios, procissões. Se tinha muita gente e fogos, Negão estava lá, sempre com seu porte elegante, encantando a todos.
Vai, Negão, atravessa a ponte do arco-íris e segue seu caminho, como toda criatura de Deus. Suas lembranças ficarão pra sempre em nossa memória. Só nos resta sentir saudades.......